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Conversas de mesa de bar - Incerto do mundo e certo de nós


Tenho pensado tanto, tenho diversificado em humores, tenho andado com a sua velha camisa de banda. Passo horas refletindo a saudade, escorrendo por páginas inteiras de palavras soltas, que imploram por você, pra fazerem sentido. Respiro o cheiro do café e te sinto pela casa, me perdendo pela sua barba, me encontrando no teu sorriso e guardando comigo os velhos hábitos de amor, que nós por algumas vezes, nos exigimos. Eu tenho um coração tão seu, moço, que até eu, me assusto. Eu posso te ver indo embora, quantas vezes você achar que é necessário se manter distante. Mas quando chegou pela primeira vez, trouxe um papel no bolso escrito ‘pra sempre’ e eu nunca mais tive dúvidas. Você volta pro abraço, que te permite a segurança de um coração, que bate no teu descompasso. Eu almoço a solidão todos os dias, mas mastigo sua companhia durante o jantar e passo horas te namorando enquanto dorme. A vida é um pouco mais sagaz, se eu divido o cobertor com você. Os sonhos são dançantes quando durmo no teu peito e acordar sorrindo é tão natural quanto respirar. Eu sou melhor ao seu lado, eu sou mais viva quando você vive em mim. E quando eu paro pra pensar em tudo, eu percebo que não temos mais jeito e que se passamos um tempo longe, é só pra fazer mais algumas canções sobre o nosso futuro, incerto do mundo e certo de nós. 

Natália Brandão ao "Faça amor, não faça a barba"

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